Quartadas rubenianas
1 de Junho
Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra: 17.00 - visita guiada à exposição O mundo à minha procura – Ruben A. 30 anos depois;
Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - sala de cinema (2º piso): 17:30 - Projecção do filme Babaouo, de Vicente Cussó-Ferrer
8 de Junho
Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra : 17.00 - visita guiada à exposição O mundo à minha procura – Ruben A. 30 anos depois;
17:30 – performance final, por Telma Martinho.
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Pró-Reitoria da Cultura da Universidade de Coimbra
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3004-530 Coimbra
ruben.a30@fl.uc.pt
tlm. 964389428
Programa
13 e 14 de Maio de 2005
6.ª FEIRA:
Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
1. 14.30 horas: Inauguração
O mundo à minha procura – Ruben A. 30 anos depois
2. 15.00 horas: Conferências
Prof. Doutor José Carlos Seabra Pereira: “Ruben A.: Imaginário e reidentificação”
Prof.ª Doutora Isabel Nobre Vargues: “Ruben A. e Pedro R. ou a paixão pela história e pelo progresso”.
Moderação: Prof. Doutor Luís Reis Torgal
16.00 horas: intervalo
3. 16.15 horas: Mesa-redonda
Prof.ª Doutora Ana Paula Arnaut, “O outro que era eu: a ficção narrativa de Ruben A.”
Mestre Fernando Matos Oliveira “Uma "sensação estranha da realidade": estética e diarística em Ruben A.”
Moderação: Prof. Doutora Cristina Mello
Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra
4. 18.00 horas:
Inauguração da exposição bibliográfico-documental «O mundo à minha procura – Ruben A. 30 anos depois»
Quinta das Lágrimas
5. 20.00 horas:
Jantar com evocação de Ruben A. em Coimbra, pelos Profs. Doutor Rogério Guilherme Ehrhardt Soares, Doutor João Ruiz de Almeida Garrett e Doutor Mário Soares.
SÁBADO:
10.30 horas:
Largo de Santana, nº 16, antiga república Babaou - Maison surréaliste.
Placa toponímica e audição de excertos da conferência “Prosa da Prosa”, ditos pelo próprio Ruben A.
11.30 horas:
Inauguração da Rua Ruben A.
12.00 horas
Partida para Montemor-o-Velho
12.30 horas
Almoço volante e leitura de textos (1453)
15.00
Descida do Rio Mondego, de Montemor-o-Velho à Figueira da Foz
17.00
Figueira da Foz - CAE
Sessão de Encerramento:
Leitura de textos de Ruben A. (“História bilingue”) por dois actores da Escola da Noite
Projecção do filme BABAOUO, de 1998, realização de Manuel Cussó-Ferrer
Porto de Honra
Cronograma
13 e 14 de Maio de 2005
6.ª FEIRA:
Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
1. 14.30 horas: Inauguração
O mundo à minha procura – Ruben A. 30 anos depois
2. 15.00 horas: Conferências
Prof. Doutor José Carlos Seabra Pereira: “Ruben A.: Imaginário e reidentificação”
Prof.ª Doutora Isabel Nobre Vargues: “Ruben A. e Pedro R. ou a paixão pela história e pelo progresso”.
Moderação: Prof. Doutor Luís Reis Torgal
16.00 horas: intervalo
3. 16.15 horas: Mesa-redonda
Prof.ª Doutora Ana Paula Arnaut, “O outro que era eu: a ficção narrativa de Ruben A.”
Mestre Fernando Matos Oliveira “Uma "sensação estranha da realidade": estética e diarística em Ruben A.”
Moderação: Prof. Doutora Cristina Mello
Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra
4. 18.00 horas:
Inauguração da exposição bibliográfico-documental «O mundo à minha procura – Ruben A. 30 anos depois»
Quinta das Lágrimas
5. 20.00 horas:
Jantar com evocação de Ruben A. em Coimbra, pelos Profs. Doutor Rogério Guilherme Ehrhardt Soares, Doutor João Ruiz de Almeida Garrett e Doutor Mário Soares.
SÁBADO:
10.30 horas:
Largo de Santana, nº 16, antiga república Babaou - Maison surréaliste.
Placa toponímica e audição de excertos da conferência “Prosa da Prosa”, ditos pelo próprio Ruben A.
11.30 horas:
Inauguração da Rua Ruben A.
12.00 horas
Partida para Montemor-o-Velho
12.30 horas
Almoço volante e leitura de textos (1453)
15.00
Descida do Rio Mondego, de Montemor-o-Velho à Figueira da Foz
17.00
Figueira da Foz - CAE
Sessão de Encerramento:
Leitura de textos de Ruben A. (“História bilingue”) por dois actores da Escola da Noite
Projecção do filme BABAOUO, de 1998, realização de Manuel Cussó-Ferrer
Porto de Honra, oferecido pela Câmara Municipal da Figueira da Foz
Cronologia bio-bibliográfica
RUBEN ANDRESEN LEITÃO
(1920-1975)
1920 Ruben Alfredo Andresen Leitão nasceu, em Lisboa, a 26 de Maio.
1927 Fica entregue aos cuidados da avó materna, no Porto, onde cresceu e conviveu, entre outros, com a sua prima Sophia de Mello Breyner Andresen.
1940 Matrícula no curso de Ciências Histórico-Filosóficas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Concluirá aqui todas as cadeiras do 2.º ano, excepção feita para a cadeira de Psicologia, onde, e à semelhança do que acontecia com vários colegas, era reprovado sistematicamente.
1942 Pede transferência de curso para a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Colaboração na revista Ala e no jornal Via Latina.
1945 Conclui a licenciatura em Ciências Histórico-Filosóficas. Foi com a chancela do Instituto de Estudos Franceses da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, que publicou o seu primeiro trabalho intitulado O Método e o Pensamento Religioso nas «Pensées» de Pascal. Publica também a sua tese de licenciatura Cartas de D. Pedro V ao Conde de Lavradio, a qual inaugura um longo conjunto de trabalhos, de índole historiográfica, que serão dedicados ao estudo da vida e acção política daquele monarca.
1946 Professor de Francês na Escola Comercial Mouzinho da Silveira no Porto.
1947 Foi na qualidade de bolseiro do Instituto de Alta Cultura que obteve o grau de Master of Arts no King’s College, da Universidade de Londres. De seguida foi nomeado Leitor de Português no King’s College.
1948 Viagem aos Estados Unidos, onde proferiu uma série de conferências na Universidade Católica de Washington.
1949 Promove a representação da Farsa de Inês Pereira de Gil Vicente, com um grupo de alunos do King’s College. Em Coimbra, o TEUC, que vinha encenando a dramaturgia de Gil Vicente, sob a direcção de Paulo Quintela, seguiu com redobrado interesse – comprovado pela correspondência com o escritor –, a interpretação radiofónica transmitida pela BBC. Profere e publica a conferência The Generation of Coimbra. Conhece pessoalmente o escritor T. S. Eliot. Inicia um conjunto de palestras dedicadas ao tema da Grã-Bretanha nos Serviços Portugueses da BBC, com o título Around Britain. Inicia a secção de crónicas regulares no Diário Popular, sob o título Carta de Londres.
Estreia-se no mundo das letras com a publicação de Páginas I, em Coimbra, com o nome literário de Ruben A.
1950 Em Londres, profere a conferência Os Vencidos da Vida. Nas férias do Verão em Portugal conhecera pessoalmente Miguel Torga, na sequência, organizou a representação da peça Mar, no King’s College. Conhece em Inglaterra, entre outros artistas, o escultor Henry Moore.
Publica a biografia D. Pedro V: Um Homem e um Rei, e o segundo volume de Páginas. A leitura deste último livro por Salazar, viria a merecer o seguinte reparo e censura, dirigidos ao então ministro da Educação: «pertence a uma onda modernista»; e este «Autor não pode representar Portugal nem ensinar português.»
1951 Em Fevereiro, proferiu a conferência Portugal Land of Poets na Universidade de Cambridge e, no mês de Outubro, a conferência As Correntes Modernas da Literatura Portuguesa na Universidade de Oxford. Promoveu a representação do Auto da Índia de Gil Vicente, no King’s College.
Após várias pressões diplomáticas junto do reitor da Universidade de Londres, no sentido de obter o despedimento de Ruben A., aquele terá afirmado que não tolerava tentativas do governo inglês de interferir na vida da Universidade e, portanto, muito menos as admitia vindas de um governo estrangeiro. Ao contrário, e dada a qualidade do trabalho desenvolvido pelo então leitor de Português, admitia extinguir o Leitorado e contratar Ruben, mas agora para professor de Português. Perante esta situação, Salazar viria a recuar e a reconhecer que: «....o maluco do homem tem habilidade e competência para o cargo». Porém o mal estava feito, e Ruben percebeu que as portas se lhe fechavam para tentar uma carreira universitária em Portugal, e que, ao mesmo tempo, dificilmente poderia trabalhar em serviços do Estado.
Escreve a peça inédita Triálogo.
1952 Em consequência, renunciou ao leitorado no King’s College. Torna-se funcionário da Lever Portuguesa.
1953 Foi nomeado professor de História do Liceu D. João de Castro, em Lisboa.
Traduz a peça The Cocktail Party de T. S. Eliot, tradução ainda hoje inédita.
1954 Admitido como funcionário da Embaixada do Brasil em Lisboa, lugar que mantém até 1972.
Publica Cartas de D. Pedro V ao Príncipe Alberto e, posteriormente, D. Pedro V e Herculano. Estreia-se no romance com a publicação, em Coimbra, de Caranguejo.
1955 A edição de Cartas de D. Pedro V ao Príncipe Alberto valeu-lhe a atribuição do Prémio Silva Martha. Entretanto, publicou Documentos dos Arquivos de Windsor.
1956 Ainda com a chancela da Coimbra Editora, publica Sargaço, e Páginas III.
1958 Publica Novos Documentos dos Arquivos de Windsor, com a chancela do Instituto de Coimbra.
1959 É eleito sócio correspondente da Academia Portuguesa de História.
1960 Publica o livro de contos intitulado Cores, e Páginas IV.
1961 Por ocasião do Centenário da Morte de D. Pedro V, publica Cartas de D. Pedro V aos Seus Contemporâneos.
1962 Nomeado conservador do Instituto de Cultura Brasileira da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Agraciado com o grau de cavaleiro da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul.
Publica Tratados e Actos Internacionais: Brasil – Portugal.
1963 Convidado pela Fundação Calouste Gulbenkian para membro da comissão consultiva das Comemorações do IV Centenário de William Shakespeare. Inicia a coluna regular Livros Escolhidos, no Diário Popular, a qual manterá até 1975. Colabora no Dicionário de História de Portugal, dirigido por Joel Serrão.
Publica, em Lisboa, Um Adeus aos Deuses – Grécia, e estreia-se como dramaturgo com a edição da peça em dois actos Júlia.
1964 Publica o primeiro volume de O Mundo à Minha Procura: Autobiografia, e também o romance A Torre da Barbela, ao qual foi atribuído o Prémio Ricardo Malheiros, da Academia das Ciências de Lisboa.
1965 Promove «Música: Primeira Semana de Viana do Castelo». Desloca-se ao Brasil para proferir uma série de conferências nas universidades do Rio de Janeiro, S. Paulo, Baía e Belo Horizonte.
Na sua casa de Lisboa, à Rua do Monte Olivete, apresenta, a um grupo de amigos e convidados, a «primeira audição integral da peça Relato 1453», gravada pelo próprio autor como único intérprete no Teatro Nacional de S. Carlos.
1966 Promove «Música: Segunda Semana de Viana do Castelo». Publica a novela O Outro Que Era Eu e o segundo volume da autobiografia O Mundo à Minha Procura.
1967 Inicia o Inventário dos Chafarizes Portugueses entregue à Fundação Calouste Gulbenkian – que subsidiou o empreendimento - dois anos depois e que permance inédito. Organiza na sua casa de Lisboa uma exposição biblio-iconográfica sobre D. Pedro V. Promove «Música: Terceira Semana de Viana do Castelo». Publica Páginas V.
1968 Promove «Música: Quarta Semana de Viana do Castelo». Eleito sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa (classe de Letras – Secção de Ciências Históricas e Geográficas). Publica Cartas de D. Pedro V ao Imperador do Brasil, bem como o terceiro e último volume de O Mundo à Minha Procura.
1969 Passa a académico de número da Academia Portuguesa de História.
1970 Publica Diário da Viagem a França Del-Rei D. Pedro V (1855) e o sexto volume de Páginas.
1971 Como representante da Academia Portuguesa de História fez parte da comissão nacional das Comemorações do IV Centenário da Publicação de «Os Lusíadas». Publica O Solar dos Brasis.
1972 Nomeado para o conselho de administração da Imprensa Nacional-Casa da Moeda. No exercício destas funções interessa-se pela promoção de edições de literatura clássica portugesa, bem como pela abertura de delegações de livrarias da IN-CM em Lisboa, Coimbra, Porto e Rio de Janeiro (Livraria Camões).
1973 Como representante da Academia Portuguesa de História faz parte da Comissão das Comemorações do VI Centenário da Aliança Luso-Britânica. Foi-lhe conferida a comenda da Ordem do Infante D. Henrique. Publica o romance Silêncio para 4.
1974 É eleito para a Academia Brasileira de Letras na qualidade de sócio correspondente. No final deste ano foi nomeado director-geral dos Assuntos Culturais do Ministério da Educação e Cultura.
1975 Em Maio participa, em Inglaterra, nos trabalhos do Convénio Cultural entre Portugal e o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte.
É convidado a exercer funções docentes, como professor associado, na Universidade de Oxford (Saint Anthony’s College). A 26 de Setembro, vítima de um enfarte de miocárdio, morre no St. George’s Hospital (Hyde Park Corner, Londres). No dia 8 de Outubro, e por desejo seu, é sepultado, em campa rasa, no cemitério do Carreço (Afife, distrito de Viana do Castelo).
1981 Edição póstuma do romance Kaos, o qual termina com a data de 3 de Outubro de 1974.
Jorge Pais de Sousa
Comissão de Honra
Prof. Doutor Pedro Saraiva, Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro
Dr. Carlos de Encarnação, Presidente da Câmara Municipal de Coimbra
Eng.º António Duarte Silva, Presidente da Câmara da Figueira da Foz
Dr. Luís Leal, Presidente da Câmara de Montemor-o-Velho
Dr. José Gonçalves Sapinho, Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça
Prof. Doutor Fernando Seabra Santos, Reitor da Universidade de Coimbra
Prof. Doutor João Gouveia Monteiro, Pró-Reitor para a Cultura
Prof. Doutor Lúcio Sobral da Cunha, Presidente do Conselho Directivo da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
Prof. Doutor Carlos Fiolhais, Director da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra
Prof.ª Doutora Maria José Azevedo Santos, Directora do Arquivo da Universidade de Coimbra
Dr. António Arnaut
Dr. José Miguel Júdice
Doutor Alexandre Nicolau Andresen Leitão
Comissão Executiva
Prof. Doutor José Carlos Seabra Pereira (Presidente)
Mestre Ana Maria Machado (vogal)
Mestre Jorge Pais de Sousa (vogal)
Eng.º António Leitão (tesoureiro)
Colaboração de dois estudantes universitários:
Secretariado: Joana Duarte Bernardes
Relações públicas: Daniel Neto Rocha
Divulgação de textos de Ruben A.
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